Partilhas

Este blogue pretende ser uma partilha do tradutor/editor dos livros Abrindo as Portas que há Em Nós e de Escolhendo Amar com os leitores a quem,
em especial a leitura do primeiro, possa ter modificado as suas vidas, e com quem sinta necessidade de encontrar segurança, paz e harmonia na sua vida;
e também sobre como o segundo livro nos pode ajudar a erradicar os medos das nossas vidas ensinando-nos a amar verdadeiramente...

Nota: Os textos apresentados neste blogue são da responsabilidade do Editor e não dos Autores dos livros aqui divulgados,
excepto quando se trata de citações reproduzidas entre aspas com a devida menção autoral.

Informação: Tratando-se a obra Abrindo as Portas que há Em Nós dum livro de meditações quotidianas,
o editor/tradutor
adverte que os conceitos holísticos aqui apresentados não estão condicionados a nenhuma religião em particular.

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30.10.11

Progresso moral - Gotas de Paz




É impressionante como a humanidade está tão envolvida com o "progresso material" que, muitas vezes acaba se esquecendo do "progresso moral", a verdadeira reforma íntima.
Há tantas coisas envolvidas no progresso moral mas, a principal delas é o AMOR.
Através do amor conhecemos todas as outras virtudes...
O amor perdoa as ofensas, aceita o semelhante sem julgamento, sabe servir desinteressadamente,sabe esperar o momento certo para tudo, sabe calar, sabe falar e, principalmente, sabe ouvir.
Mas, a maior dificuldade está no fato de que a humanidade quer "equacionar" tudo, transformar tudo em lógica, ciência e tecnologia... com o amor isto não funciona, pois o amor não pode ser definido mas sim, sentido.
Quando se fala em amor a razão fica em segundo plano e prevalece o coração, o sentimento.
O verdadeiro amor conduz à caridade que nos proporciona a felicidade, a plenitude e a paz.

Publicada Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008.

Fonte: Gotas de Paz

28.10.11

Conceitos: A Felicidade


A nossa sociedade tem-nos incutido certos conceitos que nos têm prejudicado mais do que beneficiado. Um deles é o conceito de Felicidade. Diz-se que todos nós temos direito a ser felizes, que alcançar a Felicidade é primordial para o nosso bem-estar, etc. etc. etc. Mas, se devemos alcançar a Felicidade onde estará ela? Como procurá-la e encontrá-la? Haverá um caminho a percorrer para chegarmos à Felicidade, seja ele físico ou apenas temporal?

Certos grupos económicos, com a ajuda de psicólogos, psiquiatras e toda uma equipa de estudiosos dos assuntos da mente, têm estabelecido determinadas metas, no fim das quais deveremos encontrar a Felicidade, geralmente para essa gente o almejado objectivo encontra-se depois da aquisição de certos bens materiais, e que são aqueles que eles vendem. Para outros grupos, de cariz religioso, a Felicidade encontra-se na aplicação dos preceitos morais estipulados pela sua congregação, fora disso encontraremos a condenação ao inferno ou a algum outro tipo de castigo. Mas, nenhum destes grupos nos ensina que a Felicidade está aqui, bem ao nosso alcance! Porquê? Simplesmente porque isso não lhes dá dinheiro, não lhes dá lucro, não lhes dá poder. Pois é verdade, a Felicidade não deve ser olhada como uma recompensa por alcançar objectivos estipulados pelos outros. A Felicidade é um estado de espírito interior que nos vai bafejando quando a nossa mente está tranquila, quando conseguimos saber e compreender o que é a Vida e para que nos serve!

É normal ficarmos tristes quando algo ocorre ao contrário daquilo que esperávamos. É normal ficarmos assim quando temos algum tipo de perda, seja material ou de pessoas, quando algo inesperado nos surpreende como uma doença grave. Mas, já não será normal permanecermos em constante estado de infelicidade, isso poderá conduzir-nos a um estado patológico de depressão. Permanecer numa contínua infelicidade é sinónimo de que a esperança que tínhamos da vida não está a concretizar-se. A sociedade ao nosso redor, o que inclui a nossa família e círculos de amigos, também é influenciada pelos manipuladores psicológicos do mercado e da religião. Assim, mesmo quando muitas vezes temos ideias e ideais diferentes dos das pessoas que nos rodeiam, acabamos por ser influenciados e pressionados por pessoas que nos incentivam a chegarmos a certos patamares onde por certo encontraremos a Felicidade. Alguns desses patamares são o curso universitário, a profissão ou o emprego, o casamento (de preferência um “bom” casamento), a casa, o carro e os filhos, e no fim de tudo o êxito (ou sucesso como tantos gostam de lhe chamar). E assim vão, as pessoas, percorrendo a via sacra para alcançar a Felicidade. E quantas vezes vão somando patamares atrás de patamares e a dita Felicidade não é encontrada.

É então que as pessoas começam a olhar para si mesmas e se consideram umas falhadas, por não terem conseguido alcançar aquilo que deveria ser a sua “obrigação”: fazerem tudo bem e obterem o prémio merecido da Felicidade. Um pequeno detalhe, aqueles que incentivam insistentemente os outros a concretizarem essas metas também não são felizes. Os pais querem que os filhos cumpram esses patamares para que eles próprios se sintam realizados, quantas vezes achando que é o que lhes falta para que sejam felizes.


Mas se não são essas coisas, esses patamares, que nos concedem a Felicidade, então, como alcançá-la? Ela pode ser encontrada dentro de nós, cada vez que praticamos boas atitudes e quando semeamos bons pensamentos. A Felicidade pode ser encontrada depois de ajudarmos alguém de forma desinteressada, depois de nos dedicarmos a pensamentos positivos e depois de compreendermos que há um objectivo na Vida e que este não é apenas coleccionar objectos valiosos e êxitos profissionais. A Vida é uma Escola e o que nos acontece são as lições proporcionadas por ela. Dediquemo-nos pois, alegremente, a aprender o que se nos é apresentado e coloquemo-lo em prática para que não se fique apenas pela teoria. Isso gera felicidade. Os bens que vamos adquirindo são apenas objectos úteis à nossa vida neste planeta, não são a meta em si. Se estes forem tidos como objectivos continuaremos a sentir o mesmo vazio que dantes, mesmo depois de os adquirimos.

   Mas há aquisições que não se perdem, e que são: as amizades que se criam, os perdões que se concedem, as atitudes positivas que se praticam e todos os outros laços de amor que se geram. Isso constitui a Felicidade que pode existir mesmo nos momentos de tristeza, pois estes não passam de mais lições da Vida. A Felicidade é Compreensão e Acção.
João Galizes

27.10.11

Conceitos e Preconceitos

“Não deixes o orgulho intelectual nem os preconceitos bloquearem o caminho. Não te feches à verdade se ela não se apresentar pelos meios habituais. Estás a entrar no novo, e por conseguinte deves estar preparado para novas formas e diferentes métodos.”

— Abrindo as Portas que há Em Nós

Este mundo está repleto de conceitos e preconceitos. Conceitos são ideias que se concebem, que se formulam, nada garante que sejam certos, muito menos que sejam infalíveis! Mas cada qual tem os seus. Alguns conceitos levam as pessoas a pensar que determinados objectos materiais lhes conferem personalidade. Até já ouvimos pessoas dizerem, olhando para alguém bem vestido: “Aquele(a) tem personalidade!” Pergunto eu: quando alguém despe a roupa, perderá a personalidade?
A roupa, a casa, o carro e o cartão de crédito não contribuem para criar alguém, para torná-lo melhor, nem definem quem quer que seja. Apenas são objectos à nossa disposição enquanto aqui estivermos neste mundo. Ao deixarmos o mundo dos humanos nada levaremos connosco, capacitemo-nos disto.
Mas, os conceitos são tão fortes que muita gente pensa que sem esses objectos se encontra “despida” e sem capacidade de auto-
-afirmação. Que puro engano, nós não somos aquilo que temos, e o que temos não define como nós somos, apenas mostra aquilo que o nosso ego quer exibir. E nós somos mais, muito mais, que apenas o nosso pequeno e insignificante ego.
Vejamos duas fotos, em baixo, dois tipos de vestuário, dois tipos de mentalidade, dois tipos de personalidade, dois tipos distintos de carácter: Mahatma Gandhi e os seus ensinamentos de paz e Bernard Madoff sendo preso por mega fraude financeira: “o hábito não faz o monge!”

Precisamos convencer-nos que ao longo das últimas décadas perseguimos conceitos de que quanto mais tivermos mais seremos. E isso gerou preconceitos que levam a que muitas pessoas que têm olhem com superioridade para os que não têm.
Pergunto eu: “o que temos nós quando temos alguma coisa?” O que tem Madoff agora, depois de ter tido tanto dinheiro? Esse homem “tem” uma condenação em tribunal de 150 anos de prisão, e “tem” a morte do seu filho que se suicidou.
Será que vale a pena continuarmos a perseguir tão ferozmente o “ter”!?
Será que vale a pena alimentarmos os nossos preconceitos contra os pobres, os incultos, os de outra “raça”/comunidade ou religião, apenas porque são diferentes de nós?
Creio bem que não… o que merece mesmo a nossa atenção é aquilo que não se vê com os olhos mas, sim, com o coração: o Amor.
João Galizes

24.10.11

Fanatismo e ateísmo


"Se, aproveitares o tempo para ter paciência, verás a centelha divina no fundo de cada um; quando isso acontecer será possível torná-la numa chama, e jamais tentarás apagá-la através da crítica, da intolerância, ou por falta de compreensão. Tu saberás que a Meus olhos todos os seres são iguais."
— Abrindo as Portas que há Em Nós

   Se o ateísmo pode conduzir ao materialismo, por não ter um objectivo e uma justificação espirituais; já o fanatismo religioso poderá levar a males tão prejudiciais, ou mais perigosos, ainda, que o ateísmo.
   O mundo muçulmano, por exemplo, baseia-se em conceitos religiosos discriminatórios, assim como as divisões da população indiana por castas. O ex-presidente norte-americano George W. Bush dirigiu o seu país baseado em conceitos fundamentalistas, nefastos a toda a população mundial; e a religião católica, num passado longínquo, incentivou perseguições, torturas e mortes, e num passado recente foi conivente com actos abjectos de cariz sexual praticados por bastantes dos seus clérigos, em todo o mundo. Em quase todas as outras seitas e religiões também se encontram pessoas fanáticas que deturpam aquilo que deve ser a espiritualidade.


   Muitas pessoas sem escrúpulos aproveitam-se da religião para obterem benefícios a seu favor. Mas, a verdadeira espiritualidade promove a ajuda e o apoio aos outros seres humanos e o respeito por todos os seres vivos. Fomenta a tolerância e a compreensão respeitando as opções religiosas ou o ateísmo de cada um. Existem ateus com “bom coração” que ajudam o mundo, e há religiosos bem malévolos que são prejudiciais à humanidade e à Natureza.


   A verdadeira espiritualidade reconhece a existência duma entidade inteligente criadora dos diversos universos e das suas regras, e promove a consciência do reconhecimento da divindade interior, no âmago de cada um. Isso faz com que cada ser humano respeite e ame os seus semelhantes, bem como todos os seres da Natureza.


   A opção será de cada um: escolher praticar o bem e ajudar os outros ou optar pelo mal, prejudicando tudo e todos…

João Galizes

21.10.11

O dinheiro como (des)estabilização da vida


  “O que significa para ti viver pela fé? Onde se en­contra a tua segurança? Estará ela nas pessoas? Na tua conta bancária? Ou estará firmemente enraizada e assente em Mim, o Senhor teu Deus, a divindade em ti? Aproveita para reflectires acerca disso e saberás sem sombra de dúvida onde se encon­tram exactamente a tua fé e a tua segurança.”
— Abrindo as Portas que há Em Nós



   Hoje, a Europa, e grande parte do mundo, encontra-se preocupada com uma situação a que decidiu chamar “crise”. Mas o que é a crise? É a possibilidade dos pobres ficarem mais ricos? Não! É a hipótese dos doentes ficarem curados? Não! É a capacidade dos angustiados se tornarem felizes? Não! Será a probabilidade daqueles que muito têm perderem alguma coisa que não lhes faz falta? É isso, sim. Mas se alguém já tem muito, qual é o problema de ficar com menos do que aquilo que tem? Nenhum problema. A crise está nas crenças, naquilo em que acreditamos ou em que não se acredita. E, parece que a Europa foi perdendo a capacidade de acreditar em mais alguma coisa além daquilo que é imediato e que salta à vista: o materialismo. Algumas filosofias europeias têm conduzido o ser humano à crença de não ser necessário acreditar noutras coisas senão naquilo que a ciência nos vai justificando. E a partir daí têm-se fomentado o ateísmo. Eu próprio fui ateu quando acreditava que tudo era explicado cientificamente. São formas de pensar, nem melhores nem piores, apenas diferentes! Não condeno os ateus, ou então estaria a auto-
-condenar-me, mas, reconheço que a vida passou a fazer mais sentido quando abandonei o ateísmo para acreditar nAlguma Coisa Superior.
Vejamos alguns factos da Europa em “crise”: motor da economia no Velho Continente - Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Espanha. Segundo dados da Wikipédia o ateísmo está representado da seguinte forma: França – 32%; Alemanha – 20%; Reino Unido (Inglaterra) – 17%; Espanha – 11%, e Itália 7%. Estes países são grandes economias da Europa, e estipularam como forma de vida o materialismo e a manipulação do dinheiro, a especulação e a agiotagem. O dinheiro tornou-se mais importante que as pessoas.
   Quando apenas acreditamos naquilo que os nossos olhos vêem, a vida só têm sentido se nos integrarmos no ritmo da sociedade das aparências, das ilusões, da concorrência, da inveja, do ciúme, da ganância e de tudo o mais que faz parte deste sistema materialista de conduzir a vida.
   Mas apesar de se incentivarem as pessoas ao consumo, estas não se tornaram mais felizes, nem mesmo os “homens” de negócios com todo o seu poder e milhões que lhes passam pelas mãos alcançaram a almejada felicidade, pois se assim fosse não haveria suicídios, ou depressões psicológicas, entre as pessoas que são detentoras de grandes fortunas.
   Esta é uma grande oportunidade para mudarmos os paradigmas daquilo em que acreditamos (ou não) e em que vivemos para procurarmos implementar um sistema mais justo e gratificante na nossa sociedade.
João Galizes

19.10.11

Música 3: No Matter What

Boyzone


(Nada Mais Importa)

Não importa o que nos digam 
Não importa o que façam 
Não importa o que nos ensinem 
Aquilo em que acreditamos é verdade
 
Não importa o que nos chamem 
Ou como nos ataquem 
Não importa onde nos levem 
Encontraremos o nosso caminho de regresso
 
Não posso negar aquilo em que acredito 
Não posso ser aquilo que não sou 
Sei que amarei para sempre
Eu sei, nada mais importa…
 
Se as lágrimas fossem risos 
Se a noite fosse dia 
Se as preces fossem respondidas
Então ouviríamos Deus dizer:
 
Não importa o que te digam 
Não importa o que te façam 
Não importa o que te ensinem 
Aquilo em que acreditas é verdade 
 
Manter-te-ei em segurança e firmeza 
Ao abrigo da tempestade 
Não importa onde seja árido 
Um sonho está a nascer
 
Não importa quem eles sigam 
Não importa aonde eles conduzam 
Não importa como nos julguem 
Eu serei quem tu precisas
 
Não importa que o sol não brilhe 
Ou que o céu não esteja azul
Não importa qual seja o final
A minha vida começou contigo 
 
Não posso negar aquilo em que acredito 
Não posso ser o que não sou 
Eu sei, eu sei 
Eu sei que este amor é para sempre
É tudo o que importa agora 
Nada mais importa…


Salaam Aleikum


Salamaleque

   “A maneira de mudar é começar a pensar nos outros e fazer algo por eles para que te esqueças totalmente do teu ego. Existem tantas pessoas ca­rentes que há sempre a possibilidade de fazer qualquer coisa por alguém. Então por que não abrir os olhos, o coração, e deixar a luz mostrar-te o caminho, deixando o amor guiar os teus actos?”
— Abrindo as Portas que há Em Nós

   Tantas vezes reclamamos da forma como somos tratados e esquecemo-nos da forma como tratamos os outros!
   Será difícil começarmos o dia dizendo “bom dia” aos outros? Será que fazemos questão que os outros nos tratem bem? O primeiro passo começa sempre connosco e não na esperança de que sejam os outros a dá-lo…
   Um dia, numa revista espanhola (um povo que vive de costas voltadas para os seus vizinhos portugueses), li que em Portugal o povo era hospitaleiro, recebia bem quem os visitava, e era educado pois ainda tinha alguns hábitos que já estavam a desaparecer noutros povos, e que consistiam em dizer uns aos outros: “bom dia”, “desculpe”, “com licença”, “por favor”, “faça favor” e “obrigado”*. Já alguém reparou como nos filmes norte-americanos os protagonistas das histórias desligam o telefone sem se despedirem de quem está do outro lado? Não serão as nossas atitudes as sementes daquilo que mais desejamos para nós? Será que os nossos direitos caem do céu sem contemplarem os direitos dos outros? Será que apenas o ego nos mostra os nossos direitos mas, ao mesmo tempo, a razão não consegue mostrar-nos os nossos deveres?
   Vamos fazer os possíveis por manter esses hábitos elogiados pela publicação espanhola, e não nos deixarmos influenciar pelos maus hábitos que nos chegam pela televisão.
   Como é simples atravessar a rua e agradecer ao automobilista que parou para nos deixar passar, mesmo sabendo que isso é um dever dele: cumprir as regras de trânsito. Como é simples agradecer ao condutor que nos deixa fazer uma manobra quando também estamos ao volante. Como é simples dirigirmo-nos ao funcionário do supermercado ou das Finanças com um “bom dia”, continuarmos com “por gentileza”… e terminar com um “agradecido”! como é simples fazermos isso deixando essas atitudes como exemplos para os nossos filhos e para as outras pessoas.


   A melhor atitude é o exemplo; aquilo que fizermos são sementeiras para colher mais tarde. Colheremos nós e colherão os outros também.

* No original, os autores do artigo, mencionavam a palavra “obrigado” e “por favor”, eu, no entanto, prefiro usar os termos ensinados pelo Profeta Gentileza: dizer “agradecido(a)” em vez de obrigado(a), e pedir “por gentileza” em vez de por favor. Se pensarmos bem no assunto perceberemos a força que têm os termos que empregamos nas nossas expressões. A palavra “obrigado” ou “obrigada” (conforme quem agradece, e não a quem nos dirigimos) significa que ficamos obrigados perante alguém por aquilo que nos fez, e uma “obrigação — dizia a minha avó — é de carrasco”, ou seja, algo tão forte e imperativo que terá mesmo de ser feito, e não que seja feito de boa vontade. Se agradecermos com a palavra “agradecido(a)” estaremos a mostrar como ficamos gratos à pessoa e não como lhe ficamos aprisionados por obrigação. Por outro lado, se pedirmos por favor estaremos novamente a ficar com uma obrigação perante alguém, mas se lhe pedirmos uma gentileza, então, estará na consciência de quem lhe é pedido algo, responder gentilmente ou não. Mas como recusar gentilezas? Afinal de contas isso é aquilo que também desejamos para nós.

   “Agradece constantemente por este novo dia, por este novo caminho, e por esta nova oportunidade de recomeçares.
[…]
»Que nunca sejas influenciado pelas condições exteriores, como o tempo por exemplo. Pode chover torrencialmente, mas se o teu coração estiver repleto de amor e grati­dão, toda a tua atitude será plena de sol e céu azul.”
— Abrindo as Portas que há Em Nós

   Comecei por usar um título de origem árabe (salaam aleikum: Que a paz esteja contigo) e termino com uma expressão hebraica: Shalom (paz) para todos vós...
João Galizes

17.10.11

Definição de Amor


Comunidade de Findhorn

"Cada um de nós, autores [do livro Escolhendo Amar], tem tido uma vida repleta de lições sobre o amor, algumas delas ainda estamos a aprendê-las. Por isso tente compreender que não estamos a colocar-nos acima, nem como peritos dizendo ter todas as respostas. Longe disso. Há um ditado que diz que as pessoas ensinam aquilo de que mais precisam aprender. Estamos certos que não é por acaso que temos estado a aprender e a ensinar sobre o amor há tantos anos na Fundação Findhorn e noutros sítios.
»O que é o amor? Ouvimos falar sobre isso. Falamos sobre o assunto. Mas o que significará? O amor é uma das palavras mais mal entendidas do dicionário. O amor não é só uma pala­vra. É uma essência. É uma vibração. É poder. É a vida em si. O amor é a energia mais preciosa em todo o Universo. Porquê? Porque o amor se sobrepõe a todos os medos. O amor é o bálsamo que contém o poder de curar e renovar. É a chave para todas as portas.
»Ao abrirmos o nosso coração começamos a entender o verdadeiro significado do amor. Um coração fechado nada sabe sobre o amor. Podemos conhecê-lo, senti-lo e mesmo assim não conseguir agarrá-
-lo. Quanto mais tentamos possuí-lo mais ele foge à nossa compreensão. O amor é livre como o vento, e não conhece limitações nem barreiras.
»O verdadeiro amor nunca é possessivo; nunca mantém cativa a outra pessoa, mas anseia por ver toda gente livre, sem grilhões, en­contrando o seu lugar exacto dentro do perfeito es­quema das coisas. Com o amor surge a liberdade. É o medo que cinge e limita; é o amor que corta todas as amarras e liberta.
»O amor não é algo que possa ser comprado ou vendido, nem pesado ou medido. Só podemos dá-lo. O amor está em tudo e em todos em diversos graus, à espera de ser exterio­rizado. O amor não é algo que esteja separado de nós, o amor está onde nós estivermos. Todos nascemos com a capacidade de amar e sermos amados. Cada um de nós está aqui na Terra para expressar amor para si próprio e para os outros.
»Responder à chamada do amor exige muita coragem e determinação, porque a vulnerabilidade inclui sempre o risco de rejeição. Mas sem essa vulnerabilidade o amor é impossível, e sem este a vida fica incompleta.
»O amor é a indescritível e poderosa energia que flui através de todo o nosso ser em direcção aos nossos semelhantes, pro­porcionando-nos ver para além da sua forma exterior até à divindade que há dentro de cada um, criando dentro de nós a sensação de unidade, de totalidade e “paz de Deus que ultra­passa todo o entendimento”.
»Apesar do amor apresentar muitas formas, nós aprendemos que a mais importante é o amor-próprio – não o egotismo mas, sim, a auto-aceitação, auto-apreciação e auto-estima. Sem isso não pode­mos amar, genuína e plenamente, outra pessoa. Per­maneceremos carentes e procurando, fora de nós mesmos, por confirmação, validação e por amor.
[...]"
Excerto de Escolhendo Amar
Cap.  I - Escolhendo Permitir

15.10.11

Música2: Poema



Ney Matogrosso - Poema

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, (que não tem fim)
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás...

11.10.11

Faz aos outros... e muda o mundo!

Findhorn, The Park

Ninguém gosta de ser magoado ou tratado como se não tivesse importância. Ninguém gosta de ser ignorado nem que lhe façam sentir que não é amado ou desejado. Então por que não tratas o próximo com amor e respeito? Tenta compreender e ter disposição para acompanhar a caminhada dos outros durante uma milha, ou mesmo duas, se necessário for. Sê muito tolerante, muito paciente e muito terno. Se é assim que desejarias ser tratado, então faz o que gostarias que te fizessem.”
Abrindo as Portas que há Em Nós

Seria, talvez, bem mais fácil se começássemos a mudar a nossa atitude perante a vida e deixássemos de protestar tanto contra aquilo que designamos como injustiças à nossa pessoa. No fundo é o nosso ego a gritar, a chamar a atenção sobre si próprio, querendo mostrar como é injustiçado, e como os outros deveriam fazer alguma coisa para melhorar o seu mundo. Então por que não darmos nós o primeiro passo sem fazer muito alarde e, como nos conta a história do beija-flor, fazermos a nossa parte?
Como poderemos reclamar e exigir que os outros façam alguma coisa se nós nada fizermos?
O conceito é simples: faz aos outros o que gostarias que te fizessem… este é um conceito activo, ao contrário da filosofia: “não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem”, que apesar de útil é, simplesmente, passivo. Pede que não façamos mas não pede que actuemos, que participemos, e a atitude e o exemplo são fundamentais na construção de um mundo melhor e na reacção que os outros têm perante nós.
João Galizes

2.10.11

O livro certo na hora certa

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  É interessante vermos como os livros surgem nas nossas mãos no momento certo. Lembro-me bem de quando comprei um livro de Joseph Murphy: O Poder do Subconsciente, eu era adolescente, e a minha mente ainda não estava preparada para perceber o seu (meu) próprio poder. O livro ficou arrumadinho na estante tempos sem fim. Antes da minha partida para Annecy, em França (ver arquivo: Este Livro Modificou a Minha Vida Set. 2011), decidi colocá-lo na bagagem. Tinham-se passado 20 anos, e nem sequer percebi o motivo, naquele momento... Apenas o compreendi algum tempo depois: a minha mente, o meu espírito, estava a preparar-se para a abertura de consciência que iria ocorrer naquele momento. Essa foi a época em que tive conhecimento de La Petite Voix de Eileen Caddy (Abrindo as Portas…), e todo esse ambiente em que me encontrava, as leituras que fui fazendo e as conversas que fui tendo, foram-me preparando para uma nova fase na minha vida.
   Surgiu também nas minhas mãos o livro Choosing to Love de Eileen Caddy e David Earl Platts (Escolhendo Amar), no momento em que estava a precisar de aprender a perder os medos que me atrofiavam. Hoje sou capaz de reconhecer que já perdi alguns medos mas outros ainda têm que estar a ser trabalhados com o intuito de serem eliminados definitivamente. Até à leitura deste livro eu considerava que não devia ser normal um adulto ter medos. Enquanto criança e adolescente eu considerava, assim me era transmitido pelos adultos, que eles eram pessoas seguras e cheias de confiança; acreditava que sabiam tudo, ou quase. Dessa forma quando entrei na fase adulta achei que estava despreparado para a vida. Claro, a solução era fazer como todos os outros: esconder os meus medos e não os reconhecer em público para não demonstrar “fraqueza” perante os outros. Puro engano, comecei, então, a perceber que nós, seres humanos em geral, passamos a vida cheios de medos, uns adquiridos na infância e outros mais tarde, ao longo da vida com cada experiência vivida.
   Mas, afinal a vida é isso mesmo, uma escola onde temos a oportunidade de aprender muitas coisas: podemos aprender a perder os medos e aprender a amar…
João Galizes

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O nosso medo mais profundo
não é o de sermos inadequados.
O nosso medo mais profundo
é que somos poderosos
além de qualquer medida.
É a nossa luz, não as nossas trevas,
O que mais nos apavora.
Nós nos perguntamos:
Quem sou eu para ser Brilhante,
Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso?
Na realidade,
Quem é você para não ser?
Você é filho do Universo.
Fazer-se de pequeno
não ajuda o mundo.
Não há iluminação em se encolher,
Para que os outros
não se sintam inseguros
Quando estão perto de si.
Nascemos para manifestar
a glória do Universo
Que está dentro de nós.
Não está apenas num de nós:
está em todos nós.
E conforme deixamos nossa própria luz brilhar,
Inconscientemente
Damos às outras pessoas,
permissão para fazer o mesmo.
E conforme nos libertamos
Do nosso medo,
Nossa presença, automaticamente,
Liberta os outros.
—–